RODEO - Day 2


Olá, que tal?!?! Hoje adentramos em território Argentino, a imigração foi rápida, bastou passar na Receita Federal e dar baixa do cidadão e então, no lado argentino, depois de passar pelo Shopping Porto Iguazu, bastou mostrar o passaporte e informar a placa da moto e logo depois os gerdarmes pediram o documento da moto e o seguro carta verde. Paramos pra abastecer em El Dorado, mas se tivesse perdido esse posto tinha outro depois de 85km (acho que o Marcão não chegava, com aquele tanquinho!).

Sem falar na garupa dele, olha o que tem de mala esse sujeito!

Às vezes, no meio do nada, aparece um trecho de estrada caprichado, com pistas duplas, bem iluminado, vai entender...

O Marcão pilota mais de pé que sentado, diz que está com `dolores`, não precisa nem perguntar onde, né!

Depois de Posadas começou aquelas estradas retas e planas, é uma tristeza, você fica horas só perseguindo o horizonte e ele nunca chega.

E as `insetadas` que a gente toma, dá até dó! Os bichos aparecem do nada e explodem no capacete e no parabrisa da moto.

Essa acima é a ponte da saída de Corrientes, cidade grande, capital da província; tinham nos avisado pra não usar a pista central pois é proibida para motocicletas e é lógico que esquecemos do detalhe, fomos lá eu e o Marcão, todo pimpão, e pimba, na entrada da ponte pra deixar a cidade, lá estava o prestativo gendarme pra tomar nosso dinheiro. O esquema é ninja, ele joga diversas bolas de fumaça até que tira sua grana, o policial Ramero Justo (se é que esse é o nome dele mesmo) nos ameaçou até com o confisco da moto se tentássemos deixar a Argentina sem pagar a multa, ele ia lavrar a multa porque fomos fotografados na pista proibida e poderíamos pagar em qualquer Banco De La Nación; pedimos para ele nos desculpar e coisa e tal mas não teve jeito, o que ele `podia fazer`, que está `en la ley` é pagarmos a multa na hora e `en efetivo` e nos beneficiar de ùn descuento` de 65%, daí ele começou a fazer diversos cálculos complicados demais para um brasileiro besta acompanhar e chegou num valor bem menor que os 1.200 pesos da multa, e sem direito a pechinchar, eu tentei mas ele disse que o dinheiro não era pra ele, não, não; até me deu um recibo (?) pra eu mostrar na fronteira. Resumindo bem: ele trucou a gente e nós corremos!

Mas apesar do prejú, chegamos bem em Presidência Roque Saenz Peña e acabamos caindo no mesmo hotel do Paulão, o Presidente, depois de tentarmos um outro hotel que não tinha vagas.

E fiquei super tranquilo pois já vi que o Marcão se vira super bem com o espanhol: chegamos no hotel, acertei o quarto com a mulher da recepção e fomos guardar as motos na garagem, daí quando eu chego no front-desk tá lá o Marcão escutando as instruções da moça, cheguei a tempo de escutar:
- el desayuno é das 6 às 10 horas;
daí o Marcão vira pra mim que estou chegando ao balcão:
- Aí Julião, o check-out é às 10hs.
baixei a cabeça e fui pro quarto... fazer o quê! Depois ele disse que entendeu `desarrumo` e achou que era a hora de sair! (piorou)

Bom, já fomos a um comedor e jantamos uma hamburguesa e um lomito, assistindo ao jogo da Argentina contra o Chile, que está acabando, 2x0 pra Argentina; opaaaa, gol do Chile, 2x1 agora.

Vamos dormir que amanhã é dia de Pampa Del Inferno. O nome é promissor vamos ver no que dá. Bye!

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